Documentário sobre um dos personagens mais importantes da História do Cinema Brasileiro: Cosme Alves Netto (1937-1996). Mais conhecido como o “Cosme” da Cinemateca do MAM-RJ, e que esteve presente entre as décadas 50 a 80 em vários episódios da história do cinema brasileiro e latino-americano, sobretudo na luta por sua divulgação e preservação. ‘Tudo Por Amor ao Cinema’ revela a intimidade da vida deste amazonense-de-todo-mundo.
Ficha Técnica
Direção: Aurélio Michiles
Elenco: Jurandyr Passos Noronha, Cosme Alves Netto, Eduardo Coutinho, Nelson Pereira dos Santos, Walter Carvalho, Vladimir Carvalho, Oswaldo Caldeira …
Produção: André Montenegro e Rui Pires
Fotografia: André Lorenz Michiles
Montagem: Fernando Coimbra
Trilha Sonora: Caíto Marcondes
Estúdio: Aurora Filmes / Olha Imaginário / Imagem Ceuvagem
Distribuidora: Nossa Distribuidora
Previsão de Lançamento nos Cinemas: 30 de julho de 2015
Lançamento em DVD/Blu Ray/On Demand:
Mais Informações
Portal Classificação Indicativa / Ministério da Justiça
1968 a 1978: Cosme mantinha uma agenda secreta com códigos dos filmes sob a sua guarda e que eram procurados pela ditadura, por exemplo: “Cinco Vezes favela”(1962) 5 episódios dirigidos por: “Zé da Cachorra" de Miguel Borges, "Couro de Gato" de Joaquim Pedro de Andrade, -"Escola de Samba Alegria de Viver" de Carlos Diegues e “Pedreira de São Diogo” de Leon Hirszman. O mesmo aconteceu com o filme “Manhã Cinzenta" (1969), de Olney São Paulo, este, inclusive era um dos mais visados, havia sido enquadrado na inconstitucional “Lei de Segurança Nacional”. O cineasta Olney foi sequestrado e mantido incomunicável em lugar desconhecido. Apesar das constantes investidas da “repressão policial” para localizar e destruir esse filme, Cosme manteve-o na clandestinidade, naturalmente com titulo diferente. O mesmo aconteceu com os negativos do filme que viria a ser “Cabra Marcado Para Morrer” (1984) de Eduardo Coutinho e que foi guardado com o nome “Rosa do Campo”.
Em 10 de dezembro de 1973, Cosme sugere ao músico Jards Macalé que faça um show no Museu de Arte Moderna - RJ, como pretexto a comemoração dos 25º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Naquela época vivia-se no Brasil, o obscurantismo do AI-5, até mesmo este documento era considerado "subversivo". Macalé conseguiu reunir um elenco estelar: Paulinho da Viola, Chico Buarque, Luiz Melodia, Edu Lobo, Gal Costa, Milton Nascimento, Jorge Mautner, MPB-4, Dominguinhos, Raul Seixas, Johnny Alf, Gonzaguinha, Edson Machado, Danilo Caymmi, Toninho Horta, Pedro dos Santos. Esse show resultou no disco: “O Banquete dos Mendigos” e que foi proibido de circulação pela censura ditatorial.
1975. O cineasta Nelson Pereira dos Santos, foi convidado na época do governo Geisel, para integrar a “Comissão Nacional” e ao conversar com o Cosme, este, entregando-lhe uma minuta datilografada numa folha de papel, sugeriu: “Nelson, põe essa coisa para a Comissão….é um projeto com a obrigatoriedade da exibição de curta-metragem junto com qualquer filme estrangeiro”. A Comissão Nacional” aprovou a "Lei do Curta" que foi um dispositivo legal que regulava a exibição de filmes brasileiros de curta metragem nas salas de cinema do país. "Lei do Curta”: "Art. 13. Nos programas de que constar filme estrangeiro de longa-metragem, será estabelecida a inclusão de filme nacional de curta-metragem, de natureza cultural, técnica, científica ou informativa, além de exibição de jornal cinematográfico, segundo normas a serem expedidas pelo órgão a ser criado na forma do artigo 2º." "Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, o órgão a ser criado na forma do artigo 2º estabelecerá a definição do filme nacional de curta-metragem."
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obs: as informações são fornecidas pela própria Distribuidora que detém os direitos autorais.
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