Reflexão sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do Entorno sofre, e de como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano. O ponto de partida dessa reflexão é a chamada Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que, em 1971, removeu os barracos que ocupavam os arredores da então jovem Brasília. Tendo a CEILÂNDIA como referência histórica, os personagens do filme vivem e presenciam as mudanças da cidade.
Roteiro: Adirley Queirós
Produção: Adirley Queirós, André Carvalheira
Fotografia: Leonardo Feliciano
Montagem: Marcius Barbieri
Duração: 79 min.
País: Brasil
Gênero: Documentário
Distribuidora: Vitrine Filmes
Classificação indicativa:
Previsão de lançamento: 12 de julho de 2013
Curiosidades
- O filme seria exibido no 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, mas acabou retirado da programação a pedido do diretor Adirley Queirós. O motivo foi as modificações sofridas pelo festival, como o fim do ineditismo e a realização de um seminário sem a presença de novos realizadores.
- "Fazemos filmes não só para serem feitos. Fazemos filmes buscando outra perspectiva estética e política (não partidária, e sim política). Fazemos filmes para que eles sejam, no mínimo, um pequeno reflexo da nossa condição cultural, social e econômica. Fazemos filmes do local onde estamos, do nosso local de fala. Ir contra esses princípios mínimos seria uma incoerência. Exibir o filme neste Festival, neste momento que se configura, seria legitimar posturas arrogantes, autoritárias e, acima de tudo, reacionárias. Aquilo que o festival está chamando de avanços, julgo reacionários: Deslegitimar a classe cinematográfica local; Desconsiderar o nosso processo histórico por salas de cinema em CEILÂNDIA( falo aqui pela CEICINE); Fechar as portas do Festival a um outro tipo de cinema que cada dia é mais vigoroso no Brasil e no mundo ; Transformar o festival em um pastiche, em um moribundo com cara de qualquer coisa. Isso são avanços?", atacou o cineasta em sua carta à organização do Festival de Brasília.
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